"A simplicidade é o máximo da sofisticação." - Leonardo da Vinci

terça-feira, 21 de junho de 2011

Faça perguntas!

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Aquele que pergunta pode ser tolo por 5 minutos, mas o que não pergunta é tolo a vida inteira. É melhor parecer ser uma pessoa desinformada do que ser, de fato, um líder desinformado.

A capacidade de perguntar geralmente distingue os bem sucedidos dos demais. Só obtemos respostas às perguntas que fazemos. Sem perguntas não há respostas.

Esse é um dos fatores que tornam o "ouvir" tão importante. Seus ouvidos nunca meterão você em encrencas. Uma pergunta poderosa penetra no âmago da questão e dispara novas ideias e percepções. Perguntas de qualidade geram uma vida de qualidade.

Orientadas para o futuro, perguntas certas levam à ação. Estas são mais orientadas em direção ao objetivo do que ao problema e perguntam “o que” mais do que “por que”. Contém suposições positivas e úteis sobre o liderado e a situação.

Perguntas começando com “o que” geralmente são as mais poderosas. Elas têm mais chance de focalizar a situação específica - no presente - e levar à ação. Uma exceção é “o que eu devo fazer?”. Se o liderado pergunta isso, diga-lhe que a pergunta certa seria “o que eu quero?”. Uma vez que ele sabe o que quer, saberá o que deve fazer.

Perguntas começando com “como” são extremamente poderosas quando exploram processos de pensamentos do liderado. Estas focalizam a maneira que o seu liderado conduz a forma de se chegar à meta que pretende alcançar. Por exemplo: “como você costuma fazer isso?” ou “como especificamente você pretende alcançar este objetivo?”.

Perguntas começando com “por que” apenas são poderosas quando visam os valores do cliente, ou seja, o que é importante para ele. Ainda assim, sempre que for possível deve-se preferir usar “o que é importante para você nisso?”, por exemplo, ao invés de “por que você faz isso?”.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Fontes de toxicidades no ambiente de trabalho

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De acordo com alguns autores como Marlach e Leiter, a dor emocional no ambiente de trabalho é uma toxicidade que fere a motivação e as perspectivas de um colaborador, minando sua vontade de trabalhar e viver.

O antropologista Peter Frost, numa linha similar aos autores supracitados, certa vez disse:

“A maneira como a dor é manipulada na organização é que determina se seus efeitos, a longo prazo, são positivos ou negativos. O que transforma dor emocional em toxicidade, especialmente em ambientes organizados, é a resposta dada à dor de maneira nociva e não curativa.(...) A toxicidade, resultado de atitudes e ações emocionalmente insensíveis de gerentes e de práticas de suas companhias, não desarruma alguns cabelos. Ao contrário, ela age como uma substância nociva, sugando a vitalidade dos indivíduos e de toda a sua organização, causando, potencialmente, tudo de ruim, desde a perda de prazos-limite até o êxodo em massa, de seu pessoal chave.” (FROST, Peter. Emoções tóxicas no trabalho. São Paulo: Futura, 2003)

Resumidamente, podemos elucidar os sete "In's" abaixo como toxicidades no ambiente de trabalho que devem servir como pontos de atenção para o líder eficaz:

Intenção (Malícia)
Características:
- Intenção de humilhar o outro;
- Minar a confiança para não haver desafios ao seu poder;
- Necessidade de dominar.
Resultado:
Com a pressão, os liderados acabam se demitindo.

Incompetência (Gerentes com poucas competências)
Características:
- Indecisão;
- Insegurança;
- Centralizador;
- Visão estreita.
Resultado:
Deixam os liderados desnorteados. Sempre pedem proatividade mas repreendem autonomia, deixando os empregados compententes insatisfeitos.

Infidelidade (Traição)
Características:
- Prometer e não cumprir;
- Trair a confiança dos colegas.
Resultado:
Destroi a confiança dos liderados, produz dor emocional, amargura de longa duração e medo.

Insensibilidade (Emocionalmente não-inteligentes)
Características:
- Não saber relacionar trabalho das necessidades emocionais;
- "Emoções devem ser deixadas de lado de fora do escritório".
Resultado:
Os liderados perdem a lealdade e disposição.

Intromissão (Paternalismo exarcebado)
Características:
- O carisma e energia do líder cegam os liderados, conseguindo somente exergar quando as coisas falham ou o líder sai de sua função;
- Dizer "sim" querendo dizer "não".
Resultado:
Gera desconfiança, raiva e falta de assertividade nos liderados.

Institucionalização (Expectativas irreais)
Características:
- Metas impossíveis de serem atingidas e cronogramas demasiadamente exigentes;
- Crescente vigilância e cobrança.
Resultado:
Pouca vida social dos liderados, queda do desempenho, efeito negativo no moral, confusão coletiva.

Inevitabilidade (Fatalidades)
Características:
- Dor inevitável, não importando a política ou quão emocionalmente se sabe lidar com a situação.
- Morte, ataque terrorista, desastres naturais, etc.
Resultado:
Estresse, desânimo e indisposição para trabalhar.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Motivação ou Reação: eis a questão

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Por vezes ouvimos que "motivação é algo que nos leva à ação" e que "reação é a resposta para alguma ação", entretanto geralmente recebemos essas respostas sem que nossas questões tenham sido de fato respondidas. Apesar de ambos conceitos emergirem em "ações", o primeiro tem o poder de tornar o caminho à ação resultante em algo prazeroso para o motivado - algo que ele tenha vontade de fazer novamente, enquanto o segundo faz com que o reativo tenda a ser evasivo e repulso quando tiver de caminhar novamente neste percurso. Já percebeu que quando estamos "motivados" estamos fazendo algo que é importante para nós ou que, de alguma forma, valorizamos?
Portanto, para o líder o termo "motivação" precisa ter mais a ver com o que o liderado quer para ele do que o líder quer para o liderado. Devido a isso costumo dizer que o principal papel do líder é identificar qual é a coisa mais importante para seu liderado neste caminho que ele está percorrendo até seu objetivo. Resumidamente podemos dizer que as atitudes do líder, para verdadeiramente motivar seu liderado, devem ser:
  1. Identificar o que é importante para seu liderado na atividade que ele executa;
  2. Exaltar e valorizar isto que é importante para seu liderado, mostrando para ele, em particular, e/ou em público (por exemplo em uma reunião) que isto também é importante para você.
Então caro amigo, dedique mais tempo ao conhecimento do seu liderado do que traçando "X" planos de ação para direcioná-lo à meta (na verdade, dá mais resultado caminhar com seu liderado do que apontar pra onde ele deve ir, mas isso é assunto para outro post). Tendo conhecido seu liderado, motivá-lo será como "apertar o gatilho": na hora certa, na tarefa certa.

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